Por Andreia Mariano
A inteligência artificial promete revolucionar o mercado, mas isso não significa que as coisas ficarão mais fáceis para as empresas
Ao longo do tempo, a tecnologia e o uso de ferramentas de inteligência artificial têm produzido significativas economias de custo para as empresas. Oferecer personalização, com rápidas soluções de problemas, é a grande expectativa tanto delas quanto dos clientes. É nesse ponto que muitas companhias estão enfrentando o desafio do momento: como implementar a IA de forma eficaz?
Quando uma empresa passa a lidar com os clientes por meio da inteligência artificial, ela está entrando em um vasto terreno de oportunidades, porém com maior complexidade. Ela precisa entender a variedade de propósitos que pode ser alcançada com esse recurso. Isso passa por absorver com muita consciência qual é a melhor combinação de dados internos e externos para interpretar, prever e criar soluções de problemas simples.
Tomamos como exemplo um hospital. Será que utilizar o processamento de linguagem natural (PLN), que recria as vozes humanas, é um bom caminho para investir? Qual impacto os clientes teriam com o uso da ferramenta?
O setor da saúde enfrenta um desafio enorme para lidar com o grande conjunto de dados de pacientes, e no diagnóstico preciso e preferencialmente preventivo de doenças, para criar planos de tratamentos adequados.
Vale destacar um sistema que está sendo utilizado em hospitais e clínicas dos Estados Unidos, o IBM Watson Health. Por meio da gestão de dados dos pacientes e de análises preditivas, ele ajuda a melhorar a precisão diagnóstica e a personalizar os tratamentos.
Alguns centros de saúde vão mais longe. Eles tratam de problemas específicos com ferramentas de IA. No Sentara Healthcare, em Virgínia, EUA, percebeu-se que os médicos tinham pouco tempo para se focar no cuidado contínuo do paciente em função do período gasto com anotações clínicas. Embora seja uma parte essencial da prestação de cuidados de saúde, muitos médicos costumavam terminar suas anotações no horário do almoço ou no final do dia, tornando-se comum que algumas ficassem acumuladas. Por isso, o hospital investiu em uma ferramenta de IA DAX copilot, que completa a documentação de uma consulta em segundos e com 95% de precisão. Isso tornou as interações com os pacientes muito mais produtivas.
Apesar desses casos de sucesso, ainda precisamos de ajuda para abrir os olhos e entender as ferramentas de IA. Elas estão evoluindo rapidamente, mas as empresas precisam ser transparentes com o consumidor. É preciso ficar claro para o público quando se aplica a IA e em que momentos se empregam humanos. Essa transparência aprimora o conhecimento do cliente e reforça o sentido das relações com as empresas. Só assim se pode ajustar as expectativas e ter uma satisfação genuína.
