Por Redação
Projeto de US$ 120 milhões de Francis Ford Coppola nasceu há mais de 40 anos e conta com cenários hiper-realistas
Francis Ford Coppola, diretor e roteirista vencedor do Oscar, autofinanciou uma superprodução de 120 milhões de dólares. Mas por que isso aconteceu?
A ideia do novo longa-metragem Megalópolis surgiu quando ele terminou as filmagens de Apocalypse Now – um de seus filmes mais conhecidos, depois de O Poderoso Chefão -, no final da década de 1970. A principio, era um projeto sobre o porquê e o sentido da existência, de acordo com o próprio diretor em entrevista para a Film Comment em 1983.
Quatro décadas depois, o longa saiu do papel. Entre as diversas razões, a principal: a importância pessoal do filme para Coppola. A produção trata de temas importantes e complexos como política, poder e a condição humana, e o premiado diretor desejava ter controle total sobre a produção e a narrativa, evitando a influência de estúdios, ou investidores externos que poderiam alterar sua visão criativa. Para que o projeto dos sonhos saísse do papel fiel ao que deseja que o público a visse, Coppola decidiu autofinanciar o projeto, garantindo que o filme refletisse seu ponto de vista pessoal.
Com distribuição da O2 Play, Megalópolis teve sua estreia no Festival de Cinema de Cannes deste ano, onde disputou a Palma de Ouro. A história gira em torno de um conflito entre Cesar (Adam Driver), um artista que sonha com um futuro utópico, e Franklin Cicero (Giancarlo Esposito), o ambicioso prefeito de Nova Roma. O elenco inclui Nathalie Emmanuel, Shia LaBeouf, Aubrey Plaza, Jon Voight e Laurence Fishburne. O lançamento nos cinemas está marcado para 31 de outubro.